Virtualização retoma velhas e boas ideias.
Com o lançamento do sistema operacional VM/370, lá pelo final da década de 70, se abriu um novo e admirável mundo onde várias máquinas (virtuais) podiam utilizar o mesmo processador físico, tirando o máximo proveito da capaciade de processamento daquela máquina.
Com o advento do mundo distribuído, o conceito se perdeu por anos, mas nunca é tarde para se retomar boas ideias.
A busca por ferramentas de gestão mais eficientes, a otimização de processos e a sempre necessária redução de custos operacionais fez com que a virtualização ganhasse um novo espaço de destaque na lista de prioridades dos CIOs.
Para os mais preocupados com as questões ambientais, virtualiar também significa reduzir as agressões ao meio ambiente – a TI Verde.
Para as áreas financeiras o entusiasmo é ainda maior diante da redução substancial dos custos de energia elétrica, espaço físico, UOS, racks e manutenção dos equipamentos.
Mas porque isso está acontencendo? Quais são os ganhos de se implementar esse tipo de serviço? O que perdemos?
Você faz ideia de quanto tempo cada um de seus servidores (processadores) fica parado enquanto espera um novo comando, um novo job, ou mesmo o retorno de um acesso ao disco?
Eu não estaria exagerando se lhe dissesse, de uma forma geral, que ele passa 90% do tempo parado. Consumindo energia, ocupando espaço e gastando o seu dinheiro.
Agora visualize um parque de muitos servidores. Cada um instalado com seu único sistema operacional e processando um único serviço: file server, email server, applications servers, etc..
Em um sistema virtualizado, quando o processador entra na condição “tempo ocioso” ele passa a trabalhar com o serviço da máquina ao lado. O objetivo é manter o processador ocupado 100% do tempo.
A virtualiação permite executar vários ambientes operacionais em um único equipamento, reduzindo o número de servidores em operação e atendendo ao aumento de demanda sem acrescentar novos equipamentos.
Infelizmente nem tudo é perfeito. Existem limitações técnicas do número de processadores ou de memória dos equipamentos que pode, em certos casos, diminuir o escopo de virtualização. Mas não descartá-lo.
A chave do sucesso reside na fase de consultoria, em que todas as aplicações, banco de dados e aplicativos do back office são estudados em detalhes para que se defina claramente o escopo do projeto.
As fases de consultoria, análise e planejamento são as mais importantes de todo o processo de virtualização.
Considere se o seu perfil de negócios e sistemas aplicativos tem aderência técnica ao ambiente virtualizado – se a adoção desta tecnologia lhe trará problemas ou soluções de produtividade e desempenho. Estruture uma migração em fasses e construa um histórico positivo de implantação e operação, sem colocar em risco os sistemas críticos da empresa.
Artigo publicado na Edição Nº 513 de 27/05/2009 da ComputerWolrd.
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