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As Pessoas e os Processos de Mudança


Rio de Janeiro, 24 de Abril de 2008


Elisabeth Kübler-Ross - *08/07/1926, †24/08/2004, psiquiatra Suíça, propôs em seu livro “Sobre a Morte e o Morrer”, de 1969, um modelo de comportamento humano diante da morte: o Modelo Kübler-Ross. Trata-se de um modelo de cinco estádios pelos quais as pessoas passam ao lidar com a perda, o luto e a tragédia - os Cinco Estádios do Luto:

  1. Negação: Isto não pode acontecer.
  2. Raiva: Por quê? Não é justo.
  3. Negociação: Será que eu não posso viver um pouco mais?
  4. Depressão: Estou muito triste.
  5. Aceitação: Se eu não consigo lutar contra isto, então é melhor eu me preparar.

Posteriormente, outros estudos perceberam que esses estágios ocorrem diante de qualquer mudança pessoal, em maior ou menor grau, em todos ou em parte de seus estágios.

Diferente do que ocorre diante da notícia da morte, notou-se que outros comportamentos ocorrem desde a notícia da mudança e durante sua evolução:

  1. Ansiedade: nesse primeiro estágio, o indivíduo ainda não tem a percepção completa do que está por vir e fica entra em estado de expectativa;
  2. Medo: logo o indivíduo começa a temer pelas consequências da mudança e como ela afetará sua condição atual, temendo que ela venha a trazer-lhe perdas;
  3. Negação: seus esforços a partir daí passam a ser de negar a mudança e faz todo o esforço possível para impedir que ela ocorra;
  4. Raiva: a medida que percebe que não consegue impedir a mudança, seu próximo sentimento é de raiva contra os agentes da mudança;
  5. Barganha: nesta altura tenta negociar uma alternativa que lhe dê conforto e não conseguindo acaba por cair em
  6. Depressão: afasta-se do núcleo da mudança e tenta evitar a todo custo participar ou ser afetado pela mudança.

Nesta condição, é fundamental a ação dos líderes da mudança para resgatar os indivíduos que apresentam esse comportamento. Trazê-los para dentro do processo para não colocar em risco o projeto. O novo comportamento a ser alcançado é o de

  1. Aceitação: mostrar os lados positivos do processo e como ele poderá tirar proveito pessoal da nova ordem das coisas. Gerar nele um melhor
  2. Entendimento: das coisas que serão alteradas e de como elas trarão benefícios para todos, fazendo-o buscar nestas melhorias as suas próprias
  3. Possibilidades: como ele poderá tirar proveito das melhorias e crescer junto ao grupo. Nesta análise, o indivíduo acabará por buscar
  4. Engajamento: ao grupo e encontrar a melhor forma de contribuir. Encontrar seu espaço no processo de mudança, resultando em sua
  5. Integração: ou reintegração ao grupo e a contribuição efetiva para que os resultados esperados pela mudança venham a ser atingidos.

Nas organizações, cabe ao gerente de projeto o papel de perceber os estágios em que se encontram os indivíduos afetados pelo projeto e tomar as medidas assertivas para trazê-los para o comportamento desejado de integração e apoio.
A prática do MoC (Management of Change) dará ao gerente de projeto as ferramentas necessárias não apenas para detectar os comportamentos indesejados, mas para corrigir e engajar todos os envolvidos no processo de mudança.


Daniel Amorim é sócio-diretor da BSCon - Gestão de Serviços


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