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Elisabeth Kübler-Ross - *08/07/1926, †24/08/2004, psiquiatra Suíça, propôs em seu livro “Sobre a Morte e o
Morrer”, de 1969, um modelo de comportamento humano diante da morte: o Modelo Kübler-Ross. Trata-se de um modelo
de cinco estádios pelos quais as pessoas passam ao lidar com a perda, o luto e a tragédia - os Cinco Estádios do Luto:
- Negação: Isto não pode acontecer.
- Raiva: Por quê? Não é justo.
- Negociação: Será que eu não posso viver um pouco mais?
- Depressão: Estou muito triste.
- Aceitação: Se eu não consigo lutar contra isto, então é melhor eu me preparar.
Posteriormente, outros estudos perceberam que esses estágios ocorrem diante de qualquer mudança pessoal, em maior ou
menor grau, em todos ou em parte de seus estágios.
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Diferente do que ocorre diante da notícia da morte, notou-se que outros comportamentos ocorrem desde
a notícia da mudança e durante sua evolução:
- Ansiedade: nesse primeiro estágio, o indivíduo ainda não tem a percepção completa do que está por vir e fica entra em estado de expectativa;
- Medo: logo o indivíduo começa a temer pelas consequências da mudança e como ela afetará sua condição atual, temendo que ela venha a trazer-lhe perdas;
- Negação: seus esforços a partir daí passam a ser de negar a mudança e faz todo o esforço possível para impedir que ela ocorra;
- Raiva: a medida que percebe que não consegue impedir a mudança, seu próximo sentimento é de raiva contra os agentes da mudança;
- Barganha: nesta altura tenta negociar uma alternativa que lhe dê conforto e não conseguindo acaba por cair em
- Depressão: afasta-se do núcleo da mudança e tenta evitar a todo custo participar ou ser afetado pela mudança.
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Nesta condição, é fundamental a ação dos líderes da mudança para resgatar os indivíduos que apresentam esse
comportamento. Trazê-los para dentro do processo para não colocar em risco o projeto. O novo comportamento a ser
alcançado é o de
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- Aceitação: mostrar os lados positivos do processo e como ele poderá tirar proveito pessoal da nova ordem das coisas. Gerar nele um melhor
- Entendimento: das coisas que serão alteradas e de como elas trarão benefícios para todos, fazendo-o buscar nestas melhorias as suas próprias
- Possibilidades: como ele poderá tirar proveito das melhorias e crescer junto ao grupo. Nesta análise, o indivíduo acabará por buscar
- Engajamento: ao grupo e encontrar a melhor forma de contribuir. Encontrar seu espaço no processo de mudança, resultando em sua
- Integração: ou reintegração ao grupo e a contribuição efetiva para que os resultados esperados pela mudança venham a ser atingidos.
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Nas organizações, cabe ao gerente de projeto o papel de perceber os estágios em que se encontram os indivíduos
afetados pelo projeto e tomar as medidas assertivas para trazê-los para o comportamento desejado de integração e apoio.
A prática do MoC (Management of Change) dará ao gerente de projeto as ferramentas necessárias não apenas para detectar
os comportamentos indesejados, mas para corrigir e engajar todos os envolvidos no processo de mudança.
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